12/09/2012

Os professores do Anglo/COC das unidades do Taquaral, Cambuí e Barão Geraldo (em Campinas), de Americana, de Vinhedo e de Indaiatuba decidiram em assembleia na noite desta terça-feira, pelo fim da greve deflagrada segunda-feira, dia 10.  O pagamento dos salários, de acordo com as informações trazidas para a assembleia pelos cerca de 50 professores, foi creditado para todos, com exceção do Fundamental de Americana, que segundo a direção da Instituição será regularizado ainda quarta-feira.

Os professores decidiram ainda pela:
– garantia de que não haverá desconto dos dias parados
– negociação conjunta de um plano de reposição das aulas
– e não demissão de nenhum professor

Balanço
A greve foi considerada vitoriosa pelo conjunto dos professores, que consideraram que a pressão do movimento garantiu o pagamento imediato dos salários. Na assembleia ficou  muito claro que os professores e o Sindicato não aceitarão ser responsabilizados pelo fechamento de unidades, nem pela perda de alunos e matrículas.

Nesta terça-feira, segundo dia de greve, a paralisação dos professores atingiu todas as unidades no ensino médio e cursinho e no fundamental II (6º ao 9º ano). Pela manhã os diretores do Sinpro fizeram uma panfletagem na porta de cada unidade e entregaram uma carta dirigida aos pais explicando os motivos da greve.

A própria Instituição comunicou na segunda-feira, por e-mail, a pais e alunos de que as aulas estavam suspensas, tentando atribuir a responsabilidade da greve aos professores e ao Sindicato. Na assembleia realizada pela manhã no Sinpro Campinas, com a participação de cerca de 30 professores de todas as unidades, o sentimento era de desconfiança e de indignação pela tentativa da Mantenedora do Anglo de manipular as informações tentando colocar pais contra professores.
  
Atrasos sucessivos
O pagamento dos salários de agosto deveria ter sido feito no dia 6 de setembro, véspera do feriado, o que não ocorreu. Nos últimos 10 meses o Anglo/COC passou a atrasar sistematicamente o pagamento dos salários e a entrega das cestas básicas. O salário de férias e abono que deveriam ter sido pagos no final do mês de junho, 48 horas antes do início das férias, só foram depositados, sem nenhum juro e sem a multa prevista em Convenção Coletiva, no dia 17 de agosto.

No dia 18 de agosto, os professores em Assembleia, deliberaram que, caso o pagamento dos próximos meses não ocorresse pontualmente no 5º dia útil, seria deflagrada greve em todas as unidades. A Mantenedora do Anglo foi comunicada da decisão no dia 21 de agosto.