24/11/2017

1917. A Europa em guerra colocava em xeque um sistema de poder baseado nos privilégios da nobreza e na exploração de camponeses e operários. No leste europeu, o choque foi mais profundo. Na Rússia, um ativista até então exilado liderou a população em um levante que marca a nossa história até os dias de hoje. O ativista chamava-se Lenin. Estudioso das ideias do filósofo Karl Marx, Lenin defendeu o comunismo e organizou um governo diferente de tudo que se praticava no mundo. Essa foi a Revolução Russa, que agora completa cem anos. Apesar das experiência da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ter sido interrompida em 1991, seus efeitos permanecem. A Rússia da revolução ainda tem o mérito de haver contido a ameaça do capitalismo mais selvagem, representada pelo nazismo de Hitler. O avanço de direitos sociais na Europa e no mundo tem raízes na Revolução Russa. Na China, por exemplo, o recente 19º Congresso do Partido Comunista, em outubro, insistiu que o país segue o ideal socialista. Nosso programa hoje vai falar sobre essa história. Dois professores da área, Ailton Fernandes, diretor da Fepesp e do Sinpro SP, e Gilberto Maringoni, doutor em história social e professor da Universidade Federal do ABC, debatem com Celso Napolitano os efeitos dos cem anos da Revolução Russa.

FONTE: TVFEPESP