23/09/2020

Ensino superior: proposta patronal ‘insuficiente’ para deliberação por nossa assembleia

Os sindicatos integrantes da Fepesp, reunidos em seu conselho na tarde desta quinta-feira (01/10), decidiram por não aceitar a proposta financeira das mantenedoras de instituições de ensino superior privadas nesta Campanha Salarial 2020.

Apesar do estágio avançado das negociações, os representantes dos sindicatos consideraram haver a necessidade de esclarecer alguns detalhes da proposta e, para tanto, deliberaram encaminhar por propor a realização de nova reunião entre a comissão de negociação dos sindicatos, coordenada pela fepesp, e os representantes das mantenedoras.

“Ainda não temos uma proposta completa, detalhada, para ser apresentada à deliberação da assembleia dos trabalhadores. por isso, será necessário estender a negociação com o patronal”, disse Celso Napolitano, da Fepesp, que coordena a comissão de negociação sindical.

Os sindicatos e o lado patronal já têm acordo pela renovação da convenção coletiva de professores e auxiliares de administração escolar no ensino superior por dois anos, até o final de fevereiro de 2022. As cláusulas sociais da convenção, que incluem direitos consagrados como garantia semestral de salários, estabilidade ao docente em vias de aposentadoria, bolsas de estudo aos dependentes dos trabalhadores, foram defendidos nesta campanha e deverão ser preservados.

ATUALIZADO FEPESP 01-10-2020

 

 

ENSINO SUPERIOR, RODADA FINAL:
AGORA DEPENDE DO PATRONAL

Está nas mãos do patronal a última proposta para encerrar as discussões da campanha salarial 2020 no ensino superior privado em São Paulo. Na rodada de negociações realizada nesta quarta-feira, 23/09, a comissão de negociação dos sindicatos cobrou das mantenedoras uma definição sobre cláusulas financeiras que levem em consideração todo o período de dois anos, já acordado para duração de novo acordo para as categorias.

“Este já foi um caminho bastante longo, para a construção dessas propostas”, disse Celso Napolitano, na sessão virtual de negociação desta quarta. “Todos sofremos com as agruras da pandemia, todos tiveram que se adaptar com o trabalho remoto. As instituições demitiram e insistimos em uma compensação para os que efetivamente trabalharam neste ano”.

Já houve acordo entre os sindicatos e as mantenedoras para a assinatura de uma convenção coletiva com a duração de dois anos, até 28 de fevereiro de 2022, com a manutenção de todas as cláusulas sociais da convenção atual. Isso garante direitos importantes como garantia semestral de salários, bolsas de estudos para dependentes dos trabalhadores, garantias ao trabalhador em vias de aposentadoria.

“Queremos dos representantes das mantenedoras, também, a garantia de que todas as cláusulas da convenção serão respeitadas igualmente”, disse Napolitano. “A integridade da convenção deve ser respeitada. Não podemos compreender um acordo em que a instituição decida qual cláusula respeitar. Havendo acordo, todas devem ser respeitadas igualmente.

Ao final da sessão desta quarta, o lado patronal se comprometeu a dar seu parecer final até a próxima semana, quando os dois lado voltam a se reunir na manhã do dia 30.

FONTE: FEPESP

  23/09/2020